Hoje eu tive um insight! Para falar a verdade era algo que eu já vinha pensando, observando; Olhando aqui umas reportagem sobre a parada gay em SP e o filme “Tudo pode dar certo” me fizeram chegar na conclusão que já vinha se apresentando na minha mente.
Grandes metrópoles são cidades em que tudo pode, tudo é permitido. Onde “todos” se sentem livres para ser o que desejam, se vestirem como gostam e viver no modelo que mais se aproxima do seu real desejo – Vale lembrar que eu digo isso de forma geral.
Desde que cheguei em SP percebo que as pessoas dessa cidade são diferentes. Aqui você vê de tudo! De pessoas que vestem fantasias japonesas em plena segunda-feira, homens sérios de terno, mulheres com roupa de ginástica, religiosos (de todas as religiões e com as vestimentas adequadas a cada uma), pessoas de todos os cantos do Brasil, pessoas hippies, darks, skatistas… Nas grandes cidades, incluindo São Paulo nesse caso, você vê pessoas de todas as tribos.
Percebo que aqui as pessoas se permitem ser, seja lá o que isso for. Pode ser porque por ser uma cidade grande as pessoas se sintam apenas mais uma, ou pode ser por que você sempre vai ver alguém com quem se identifique (já que a cidade tem de tudo e muito).
Não vou negar que eu to amando essa experiência de ser mais uma na multidão. De ter criado o meu estilo de vida, com as coisas que eu gosto, da forma que eu gosto e o mais importante, do meu modelo, do que é bom para mim! Digo isso porque aqui me sinto a vontade de sair cantando pela rua ouvindo meu mp3, tendo em vista que ninguém nem está me vendo e muito menos julgando se você é ou não doida. Vou à livraria e passo horas, sem pensar que o vendedor vai chegar e vai reclamar comigo, até porque eu sempre acabo comprando os livros. E o cinema… Ir ao cinema sozinho é a coisa mais natural do mundo! Todo mundo vai… Ninguém te olha torto e pensa “coitadinha, não tem com quem ir ao cinema”. Vestir-me como estou com vontade, colocar mil blusas só porque estou com frio, mesmo que o sol esteja presente… Sensação boa!
Bom, o minha conclusão foi de que aqui todos se permitem, “tudo pode dar certo” e eu estou amando me permitir as delicias de ser simplesmente mais uma na multidão!!

Minha vida em SP:
Como a maioria de vocês já sabe… Eu estou vivendo uma vida completamente nova, de rotina, clima, cidade e casa. Tem um ano que eu me mudei para SP e estou começando a aprender a viver nessa cidade e construir a minha vida aqui.
Tenho percebido alguns, muitos, benefícios de morar em uma cidade tão grande como SP. Aqui sempre tem um filme diferente para assistir (tem milhões na minha lista em pendência – mas os últimos foram: “Um homem sério”, “Idas e vindas do amor” e “O segredo dos seus olhos”. Além de que parece que nessa cidade tudo funciona melhor, como o transporte público, serviços de entrega, etc. Agora o mais maravilhoso é que aqui tem muitos cursos legais (estou cursando fisioterapia), mas pretende fazer alguns cursos profissionalizantes também.
Mas é claro que nem tudo é 100%. Tenho sentido falta da minha família, da minha casa, das minhas amigas,da minha pracinha onde eu fazia minha corrida de patins diária!
Apesar da saudade que sinto do meu estado, da minha casa, eu estou gostando muito da minha vida nova e espero que ela só venha a melhorar!
MOMENTOS FAMÍLIA
Família reunida é um prato cheio para observações de todos os tipos. A anfitriã que não para de se perguntar se a comida está suficiente, a visita que chega com duas horas de atraso e sai depois de cinco minutos, o outro que toca violão quando todo mundo quer conversar, aquele que repete o prato quatro vezes, aquela prima que fica examinando todo o seu guarda-roupa pra descobrir o que há de novo pra ela pedir emprestado,crianças que se intrometem na conversa dos adultos, crianças que berram pra chamar a atenção, jogadores que gritam truco a noite toda sem se importar com quem está dormindo. Família, né? Tudo a mesma coisa. Mas confesso, eu não seria feliz sem a minha!
BEMMM PREGUIÇOSA...
Tem uma coisa que eu preciso registrar. Preparem-se, porque não é pouca coisa. Eu estou conhecendo uma nova Thais! Talvez não seja exatamente isso, talvez eu esteja construindo uma nova ‘eu’. Vou tentar explicar.
Você sabe qual é o seu maior defeito? Não aquele que as pessoas apontam em público, “ah, eu sou muito perfeccionista, gosto de fazer tudo bem feito!”. Isso lá é defeito? Me poupe, me bata um abacate. “Poxa, eu sou muito ingênua, confio nas pessoas…”. Ah tá, senta e espera Papai Noel. O pior defeito nunca é aquele que parece uma virtude. E eu nem falo dos desvios de caráter, isso já é outra história. Defeito é outra coisa. O meu, por exemplo, é a preguiça.(Como é difícil admitir isso)!
Durante minhas férias ouvi várias vezes minhas irmãs reclamarem de que eu não queria fazer nada.
Realmente eu sou muito preguiçosa. O tipo da pessoa que passa anos com um problema que pode ser resolvido com um telefonema. É meio exagero, mas dá pra ilustrar legal. Preguiça de fazer coisas em prol da saúde, do bem-estar, do bolso, da carreira, da casa. Deu pra sentir, né? Preguiça = auto-sabotagem. Cheguei de viagem ontem, e desde então estou aqui numa luta terrível pra arrumar meu quarto e desfazer as malas.
Quando eu disse que estou me reconstruindo, eu quis dizer que resolvi estabelecer como prioridade combater o problema. E olha, não é fácil. Eu sou o tipo da preguiçosa que exercita com afinco a preguiça desde que se entende por gente. Em maior ou menor escala eu sempre fui um pouco preguiçosa, mas eu acho que chega um momento na vida em que isso se torna mais perigoso. Tipo: Ou eu tento mudar ou eu aceito que deixei de fazer coisas importantes na vida, pequenas ou grandes, porque eu sou preguiçosa.
Mas eu volto a dizer, não é fácil! Acho que é tipo cortar um vício.
Estou atacando a preguiça assim. Desde que comecei, resolvi que é ridículo deixar sempre pra depois, sempre pra depois, coisas que eu sei que não vou resolver nunca mesmo. Ou eu digo “desencanei, simplesmente desisti disso, nunca farei”, ou eu começo a fazer hoje. Porque tem coisas que só eu posso fazer, se eu não fizer ninguém faz. Não dá pra ficar a vida inteira esperando que os outros tomem nossas decisões.
Bom estou muito feliz com o método que eu criei. Basicamente é isso, “a partir de hoje eu vou trocar de exercício, em vez de exercitar a preguiça vou exercitar o esforço, sei lá, a atitude”.E mais do que as decisões importantes que eu tenho tomado, que significam muita coisa pra mim, eu tô feliz com o fato de que eu sou capaz de me superar.
É um pequeno passo para esta semana; um salto gigantesco até o fim do ano. Espero conseguir!